Pertenço a uma geração que cresceu vendo a maioria das pessoas (na Europa) chegarem à idade adulta com estabilidade. É verdade que se vivia com muito menos bens materiais, mas havia a "certeza do futuro".
Nas últimos décadas a incerteza tomou conta das nossas vidas. Jovens, idosos, doentes, saudáveis, débeis e todos os outros não sabem como será o dia seguinte.
Pior que tudo isso é a ausência de qualquer esperança. Esta é a época do desaparecimento das convicções e das ideologias, bem como dos Homens que lutavam por ideais humanistas.
Não sei se o que sinto é depressão, mas é, sem dúvida, um grande desalento que me obriga a um esforço hérculeo para não desistir nem permitir que aqueles que amo e com quem me preocupo sejam arrastados nem turbilhão de nada e de coisa nenhuma.
Vivemos num mundo em constante mudança (algumas positivas no âmbito da ciência lato sensu), pena é que os valores essenciais estejam em crise e que os que mais proliferam coloquem em causa a preservação dos bens essenciais ao Homem.
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