sexta-feira, 31 de maio de 2013

"A decência basta". Sim!

Acredito que a maioria dos Portugueses subscreve muito do que é dito neste texto.
Efectivamente só precisamos de governantes com decência. Sentido de Estado já será pedir muito.
 
MENSAGEM ENVIADA AO ENCONTRO DA AULA MAGNA POR PACHECO PEREIRA 30 DE MAIO DE 2013
Caro Presidente Mário Soares,Não podendo estar presente nesta iniciativa, apoio o seu objectivo de contribuir para combater a “inevitabilidade” do empobrecimento em que nos querem colocar, matando a política e as suas escolhas, sem as quais não há democracia. Gostaria no entanto de, por seu intermédio, expressar com mais detalhe a minha posição.
A ideia de que para alguém do PSD, para um social-democrata, lhe caem os parentes na lama por estar aqui, só tem sentido para quem esqueceu, contrariando o que sempre explicitamente, insisto, explicitamente, Sá Carneiro disse: que os sociais democratas em Portugal não são a “direita”. E esqueceu também o que ele sempre repetiu: de que acima do partido e das suas circunstâncias, está Portugal.
Não. Os parentes caem na lama é por outras coisas, é por outras companhias, é por outras cumplicidades, é por se renegar o sentido programático, constitutivo de um partido que tem a dignidade humana, o valor do trabalho e a justiça social inscritos na sua génese, a partir de fontes como a doutrina social da Igreja, a tradição reformista da social-democracia europeia e o liberalismo político de homens como Herculano e Garrett. Os que o esquecem, esses é que são as más companhias que arrastam os parentes para a lama da vergonha e da injustiça.
Não me preocupam muito as classificações de direita ou de esquerda, nem sequer os problemas internos de “unidade” que a esquerda possa ter. Não é por isso que apoio esta iniciativa. O acantonamento de grupos, facções ou partidos, debaixo desta ou daquela velha bandeira, não contribui por si só para nos ajudar a sair desta situação. Há gente num e noutro espectro político, preocupada com as mesmas coisas, indignada pelas mesmas injustiças, incomodada pelas desigualdades de sacrifícios, com a mesma cidadania activa e o mesmo sentido de decência que é o que mais falta nos dias de hoje.
A política, a política em nome da cidadania, do bom governo, e da melhoria social, é que é decisiva. O que está a acontecer em Portugal é a conjugação da herança de uma governação desleixada e aventureira, arrogante e despesista, que nos conduziu às portas da bancarrota, com a exploração dos efeitos dessa política para implementar um programa de engenharia cultural, social e política, que faz dos portugueses ratos de laboratório de meia dúzia de ideias feitas que passam por ser ideologia. Tudo isto associado a um desprezo por Portugal e pelos portugueses de carne e osso, que existem e que não encaixam nos paradigmas de “modernidade” lampeira, feita de muita ignorância e incompetência a que acresce um sentimento de impunidade feito de carreiras políticas intra-partidárias, conhecendo todos os favores, trocas, submissões, conspirações e intrigas de que se faz uma carreira profissionalizada num partido político em que tudo se combina e em que tudo assenta no poder interno e no controlo do aparelho partidário.
Durante dois anos, o actual governo usou a oportunidade do memorando para ajustar contas com o passado, como se, desde que acabou o ouro do Brasil, a pátria estivesse à espera dos seus novos salvadores que, em nome do "ajustamento" do défice e da dívida, iriam punir os portugueses pelos seus maus hábitos de terem direitos, salários, empregos, pensões e, acima de tudo, de terem melhorado a sua condição de vida nos últimos anos, à custa do seu trabalho e do seu esforço. O "ajustamento" é apenas o empobrecimento, feito na desigualdade, atingindo somente "os de baixo", poupando a elite político-financeira, atirando milhares para o desemprego entendido como um dano colateral não só inevitável como bem vindo para corrigir o mercado de trabalho, "flexibilizar” a mão de obra, baixar os salários. Para um social-democrata poucas coisas mais ofensivas existem do que esta desvalorização da dignidade do trabalho, tratado como uma culpa e um custo não como uma condição, um direito e um valor.
Vieram para punir os portugueses por aquilo que consideram ser o mau hábito de viver "acima das suas posses", numa arrogância política que agravou consideravelmente a crise que tinham herdado e que deu cabo da vida de centenas de milhares de pessoas, que estão, em 2013, muitas a meio da sua vida, outras no fim, outras no princípio, sem presente e sem futuro.
Para o conseguir desenvolveram um discurso de divisão dos portugueses que é um verdadeiro discurso de guerra civil, inaceitável em democracia, cujos efeitos de envenenamento das relações entre os portugueses permanecerão muito para além desta fátua experiência governativa. Numa altura em que o empobrecimento favorece a inveja e o isolamento social, em que muitos portugueses tem vergonha da vida que estão a ter, em que a perda de sentido colectivo e patriótico leva ao salve-se quem puder, em que se colocam novos contra velhos, empregados contra desempregados, trabalhadores do sector privado contra os funcionários públicos, contribuintes da segurança social contra os reformados e pensionistas, pobres contra remediados, .permitir esta divisão é um crime contra Portugal como comunidade, para a nossa Pátria. Este discurso deixará marcas profundas e estragos que demorarão muito tempo a recompor.
O sentido que dou à minha participação neste encontro é o de apelar à recusa completa de qualquer complacência com este discurso de guerra civil, agindo sem sectarismos, sem tibiezas e sem meias tintas, para que não se rompa a solidariedade com os portugueses que sofrem, que estão a perder quase tudo, para que a democracia, tão fragilizada pela nossa perda de soberania e pela ruptura entre governantes e governados, não corra riscos maiores.
Precisamos de ajudar a restaurar na vida pública, um sentido de decência que nos una e mobilize. Na verdade, não é preciso ir muito longe na escolha de termos, nem complicar os programas, nem intenções. Os portugueses sabem muito bem o que isso significa. A decência basta.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Coisas Bonitas

Deve ser do estado tão feio das coisas que não consigo ver nada de bonito na moda esta estação.
Dou voltas pelas lojas, visito os sites de moda e as páginas das marcas de que costumo gostar e NADA. So boring.
Bom, a minha carteira agradece.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

PRECISO DE FÉRIAS

Nem que seja só um par de dias para DORMIR!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

The simple things

The simple things
That come without a price
The simple things
Like happiness joy and love in my life
I've seen it all from so many sides
And I hope you would agree
The best things in life
Are the simple things

É tão verdade e nós esquecemo-nos amiúde.



quinta-feira, 16 de maio de 2013

Durão Barroso o culpado

 
 


Alemanha junta-se ao coro de críticas contra a austeridade das troikas

Alemanha junta-se ao coro de críticas contra a austeridade das troikas

Já não é só em Portugal, Grécia ou Irlanda que as receitas de austeridade impostas pelas troikas de credores internacionais estão a ser criticadas: na Alemanha, as equipas da Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) também são acusadas de impor receitas erradas aos países sob programa de ajuda externa.
Mais de três anos passados desde o início da crise da dívida europeia, os responsáveis alemães já estão mais do que habituados, e mesmo resignados, a serem apontados como os responsáveis pelas dificuldades vividas pelos países periféricos. Esta resignação não os impede, no entanto, de se demarcarem muito claramente do mantra da austeridade a todo o vapor que tem imperado na Europa desde 2010.
O termo "austeridade" tem em alemão uma conotação particularmente negativa de sofrimento extremo, o que os responsáveis em Berlim garantem que está longe de ser o que defendem.
Dentro da troika, a irritação de Berlim dirige-se sobretudo contra a Comissão Europeia, incluindo o seu presidente, Durão Barroso, o que não deixa de ser paradoxal quando muitas das exigências de austeridade aplicadas aos países sob programa de ajuda são implicitamente apresentadas em Bruxelas como resultantes de exigências alemãs, in Público online.

Pois é, a história é sempre igual, os yes man ou testas de ferro "dão a cara" pelos seus senhores e ficam com o odioso, mas no final são recompensados.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

A Zona Euro

French economy falls into recession
The French economy has entered recession after shrinking by 0.2% in the first quarter of the year.France’s economy shrank by the same amount in the last quarter of 2012. A recession is defined as two consecutive quarters of negative growth.France has record unemployment and low business and consumer confidence.
German growth figures have also been released, showing its economy, the strongest in the eurozone, grew by just 0.1% in the first quarter of the year.That was well below the 0.3% growth expected in a poll of economists.
Preliminary figures from the Statistics Office also showed the German economy had shrunk by 1.4%, when compared with a year ago.Preliminary figures from the Statistics Office also showed the German economy had shrunk by 1.4%, when compared with a year ago.
A statement said this was partly to do with severe winter weather: “The German economy is only slowly picking up steam. The extreme winter weather played a role in this weak growth.”
Earlier this month, the European Commission had warned that France would enter recession this year and said the eurozone’s economy would shrink by 0.4% this year.
The European Central Bank cut interest rates at its last meeting to a record low in an attempt to stimulate growth.

Começamos a estar acompanhados (mesmo que mal). Pode ser que deste modo as “melhoras” sejam mais rápidas. Com um jeitinho estende-se à Alemanha rapidamente. Talvez o eleitorado alemão e os seus dirigentes começem a "perceber" a economia...

Passeio pelo estado da economia

Quando me sinto cansada, irritada, triste, zangada preocupada ou com outros estados de alma afins utilizo a caminhada como remédio.
Hoje, como o humor está mais para o menos do que para o mais decidi dar um passeio pelas avenidas adjacentes ao meu local de trabalho.
No clima não está muito simpático, em especial o vento, não obstante o sol que nos aquece a alma de quando em vez. Como se isso não bastasse, Lisboa começa a parecer-se com um cidade fantasma. Lisboa é o espelho do estado da economia.
Logo, o que que deveria ter sido um momento de distracção, transformou-se numa constatação do que sei e que quero esquecer: o descalabro da nossa economia, fruto das políticas ruinosas do governo - troika (ou triunvirato, como diz o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e que eu prefiro).
Como a meditação é algo que, pese embora o "treino", ainda não me permite relaxar o necessário e as idas ao ginásio são uma impossibilidade face à escassez de tempo, não sei como vou fazer para relaxar / fazer exercício,. Mais propriamente, como vou tratar da alma e do corpo.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

A falácia da renegociação da Parcerias Público Privadas


A OCDE alerta que a renegociação dos contratos de concessões rodoviárias transferiu para Estradas de Portugal riscos acrescidos.
A renegociação dos contratos de concessões rodoviárias transferiu para Estradas de Portugal uma parte significativa da responsabilidade pela manutenção, com poupanças previstas, mas também com riscos acrescidos, i.e., são os contribuintes que vão pagar a fatura.
O Governo, mais uma vez, pretende enganar o País com uma alegada renegociação que apenas salvaguarada os concessionários (Bancos).
A renegociação passou apenas por isentar as concessionárias de proceder à mautenção das estradas.
As consequências serão um maior nível de sinistralidade decorrente do mau estado e menor seguranças das vias.
O pagamento será feito pelos mesmos: os cidadãos, como contribuintes ou como lesados.
Odeio que nos tratem como estúpidos

Fugiu-lhe a boca para a verdade

O ministro da Presidência referiu-se hoje, por lapso, a Paulo Portas como o "líder do principal partido da oposição".
O ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, afirmou hoje que a posição do Governo sobre a contribuição de sustentabilidade "tem sido sempre a mesma" e que a comunicação social tem sido envolvida "em algumas tricas" que geram "especulação".

Se o PS não fosse um partido pejado de oportunistas, de pessoas sem sentido de Estado e o seu líder tivesse ideias para Portugal provavelmente o Governo já teria ido "governar para bem longe".

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ausência

A minha ausência resulta do muito trabalho que tenho "em mãos".
Tenho tido tantas saudades de repartir o que "me vai na alma".  Esta impossibilidade de catarse faz-me sentir oprimida, especialmente face aos múltiplos acontecimentos sociais e políticos.