quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O Presidente da República (parte II)

Afinal, parece que o PR abriu a boca. Não para comer bolo rei mas para salientar  o empenho da Assembleia da República em "legislar e fiscalizar" os actos do Governo.

"A Assembleia não tem estado alheada das dificuldades dos portugueses. Tem estado empenhada em legislar e fiscalizar os actos do Governo", disse Cavaco Silva.
O Presidente sublinhou ainda o empenho do Parlamento em "distribuir equitativamente os sacrifícios pedidos".
"O sucesso dos órgãos de soberania é também o sucesso dos portugueses", reforçou Cavaco Silva.
O sucesso de quem? Dos amigos do PR? Quem protege os outros?

A venda da TAP e as, já hbituais, trapalhadas do Governo

O Governo já confirmou que decidiu não vender a TAP a Gérman Efromovich.
Na base da decisão está a não apresentação de garantias bancárias no valor de 25 milhões de euros (dos 35 milhões que entrariam nos cofres do Estado).
Na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, tanto Maria Luís Albuquerque como Sérgio Monteiro sublinharam que a proposta de Efromovich estava alinhada com os objetivos do Governo e garantiram que será lançado um novo processo de privatização no momento oportuno.
Parece que o Governo vai reavaliar a estratégia e o momento oportuno para retomar a privatização. Quanto à privatização da ANA vai a conselho de ministros na próxima semana.

O Presidente da República

Portugal é, supostamente, uma república com um sistema semi-presidencialista (foi o que me ensinaram nos bancos da faculdade). Contudo, parece-me que o semi e o presidencialismo desapareceram.
O "não político" que foi eleito Presidente da República escusa-se a exercer o seu cargo. O pedido de fiscalização prévia do OE é uma prerrogativa do Presidente mas que não foi nem nunca será exercida pelo atual.
O PR limita-se a ser uma figura decorativa neste País. Lamenta a diminuição dos seus recursos financeiros, v.g. a sua pensão e a da mulher, escreve no Facebook e esclarece, de quando em vez, que não é uma pessoa que se deixe pressionar.
Concomitantemente o País definha. Os jovens emigram, os velhos vivem sem dignidade, os fracos são cada vez mais fustigados e os fortes ficam cada vez mais fortalecidos e mais poderosos.
Julgo que o PR tem a obrigação de explicar ao povo os fundamentos das suas decisões. Já o fez por questões sem qualquer importância (como no caso dos Açores) mas num momento em que tudo está a mal o PR nada tem para dizer.
Que pessoa é esta?

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Equipa das Nações Unidas propõe renegociação da dívida portuguesa

Uma equipa de sete economistas do PNUD, coordenada pelo português Artur Baptista da Silva, apresenta três pontos para uma negociação com a troika da dívida portuguesa. O ganho rondaria €10,3 mil milhões.

Se não negociarmos já, estaremos a fazê-lo dentro de seis meses de joelhos", afirma Artur Baptista da Silva, o economista português que coordena uma equipa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), encarregada pelo secretário-geral Ban Ki-moon de apresentar um relatório da situação crítica na Europa do Sul.
Em entrevista na edição de hoje do Expresso, Baptista da Silva refere a preocupação das Nações Unidas com a evolução da crise das dívidas soberanas na "periferia" da zona euro, as receitas de ajustamento que têm sido colocadas em prática e os riscos geopolíticos que esta situação acarreta.
Numa abordagem distinta de outras propostas de renegociação da dívida soberana - como a de Miguel Cadilhe, divulgada pelo Expresso em outubro num artigo de opinião do ex-ministro das Finanças -, a estratégia definida por esta equipa da ONU propõe uma renegociação de 41% da dívida soberana consolidada portuguesa projetada daqui a cinco anos (uma parte da dívida que não deriva das políticas internas dos diversos governos desde a adesão à União Europeia) e a mexida em dois pontos do memorando de entendimento com a troika, que em detalhe o leitor poderá ler na entrevista publicada na edição do Expresso.
Artur Baptista da Silva será encarregado pela ONU para dirigir o Observatório Económico e Social das Nações Unidas que se instalará em Portugal por dois anos. O relatório será divulgado no próximo ano.
A poupança de 10,3 mil milhões de euros daria para cobrir um défice orçamental de 4,5% e ainda deixaria de saldo cerca de 2,3 mil milhões de euros, que poderiam ser aplicados à devolução de um dos subsídios retirados aos funcionários públicos e aos pensionistas e ao reforço do fundo de emergência social.
Ler mais: Aqui
E o que a nossa economia agradeceria. Os níveis de confiança aumentariam com a respetiva diminuição do desemprego.
Que tal o PM ouvir outras pessoas que não apenas o Ministro Gaspar. Uma remodelação ministerial com o afastamento do Relvas e o Gaspar só faria bem ao País. nem o PM sabe quanto.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

João Cravinho recusa-se a assumir paternidade "ruinosa" do Metro Sul do Tejo

O antigo ministro das Obras Públicas João Cravinho recusou-se hoje a assumir a paternidade da parceria público privada (PPP) do Metro Sul do Tejo, uma das que a maioria no Parlamento considera mais ruinosa.
O ex-ministro do Governo de António Guterres, que esteve a ser ouvido na Assembleia da República na comissão de inquérito às PPP do setor rodoviário e ferroviário, frisou que assume todas as responsabilidades relativas à concessão rodoviária do Oeste, mas que em relação ao Metro Sul do Tejo (MST) apenas lançou o concurso internacional um mês antes de sair do Governo, a 28 de outubro de 1999.
Em declarações aos jornalistas no final da audição, João Cravinho disse ter assumido "as responsabilidades integralmente no que diz respeito à concessão Oeste porque assinei o contrato de concessão", mas que no caso do MST apenas abriu "o concurso internacional" e "um mês depois fui-me embora do Governo", sendo que "quase três anos depois é que fazem a assinatura do contrato", em julho de 2002, pelo então ministro das Obras Públicas do Governo de Durão Barroso, Valente de Oliveira.
"Estas questões de paternidade nos humanos é uma questão de nove meses e não uma questão de 18 ou de 27 meses", adiantou o ex-ministro para explicar o que poderia ter sido feito no intervalo entre o lançamento do concurso, feito por João Cravinho e a assinatura do contrato, realizada por Valente de Oliveira.
O PSD, pela voz do deputado Emídio Guerreiro, acusou João Cravinho de ser o "pai" de uma PPP como o Metro do Sul do Tejo, de "negócio ruinoso para o Estado" e de o concurso internacional ter estado na génese de " tudo aquilo que sucedeu".
João Cravinho afirmou na comissão que "a responsabilidade política vem com quem outorga a concessão e resulta da apresentação de propostas", sendo que "o concurso poderia ter terminado em qualquer fase", in ionline
É incrível a falta de pudor dos decisores públicos. O ex-ministro lançou um concurso sem ter como base um estudo de viablidade? Nesse caso a responsabilidade é toda sua. As desculpa dos erros dos projectistas e dos gabinetes de estudos para "sacudir a água do capote" é bem demonstrativo das suas responsabilidades.
Há tanto para explicar quanto às PPP's e são tantos os que t~em de o fazer. Por falar nisso por onde anda o ex-ministro Mário Lino?

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Vida Tão Estranha



É LINDO.

Martha Gellhorn

O cinema, para além de proporcionar momentos de descontração, ajuda-nos a aprender, a conhecer e a revisitar novos mundos.
Ontem vi um filme que se enquadra nesta categoria: Hemingway & Gellhorn Realizado por Philip Kaufman, e produzido pela HBO.
Não deixa de ser um romance mas por um lado, relembra-nos as grandes guerras na Europa (que hoje recebeu o Prémio Nobel da Paz) e noutros continentes. Por outro lado, permite conhecer a repórter de guerra Martha Gellhorn (8 de novembro de 1908/15 de fevereiro de 1998)
Foi uma das mulheres de Ernest Hemingway e "a única que lhe pediu o divórcio". O filme  mostra-nos uma escritora e jornalista norte-americana, considerada por muitos como uma das maiores correspondentes de guerra do século XX, que cobriu, praticamente, todos os conflitos mundiais que ocorreram durante seus 60 anos de carreira.
Um bom filme. Passei uma agradável tarde de um domingo frio. A minha alma ficou bem aconchegada.

Hoje deu-me para a Música

Boa Semana

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Have a nice weekend

Está um tempo em que apetece ir ao cinema.

Anna Karenina com my husband e Sininho e o Segredo das Fadas com as princesas L e I.

Excelente para esquecer a crise.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A importância do mundo da moda

 Anna Wintour poderá tornar-se embaixadora dos EUA
A editora da revista 'Vogue' norte-americana é a preferida por Barack Obama para desempenhar as funções de embaixadora no Reino Unido ou França.
Depois de vários rumores terem sido levantados em junho, o site Bloomberg News avança que o assunto volta a estar na ordem do dia.
Daqui
Não é preconceito mas quais as competências da dita Senhora para desempenhar tal cargo?
Será que o grande apoio que deu ao atual Presidente na sua recandidatura é o fundamento principal?

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O ajustamento da economia II

Mães sem dinheiro dão leite de vaca a bebés de poucos meses, com riscos para saúde

Estes casos são do conhecimento dos serviços sociais da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, que cada vez mais atendem mães com "grandes carências", a maior parte devido ao desemprego, in
iOnline

É este o ajustamento que queremos para o País?

A Entrevista de António Borges

Ontem à noite enchi-me de coragem e de muita calma e consegui ouvir o que pensa o Dr. António Borges.
Do teor da referida entrevista conclui o seguinte:
  • O ajustamento da economia é: desemprego de mais de um milhão de portugueses, o sector produtivo reduzido a uma condição mínima, mais de 20% das famílias abaixo do limiar de pobreza, um mercado interno desfeito, um nível de falências nunca alcançado;
  • O desaparecimento da economia é o ajustamento de que esta necessitava;
  • Serviço público de televisão significa programas "ligeiros" e concursos (canal 1);
  • A cultura é só para as elites, o povo não gosta dessas coisas;
  • A miséria que atinge o País é aquilo a que temos direito porquanto neste momento gastamos o que produzimos;
  • A melhor forma de poupar é não ter o que gastar;
  • A extraordinária tentação que tem o poder público de intervir na televisão não se resolve com a regulação mas com a privatização, ficando o governo com 51%, logo temos de privatizar o governo;
  • Fora do País há uma visão mais positiva do que cá dentro, veja-se a galeria de fotos publicada no New York Times, onde se descreve o país triste, pobre e revoltado.

Câmara Clara


Foi pelo blogue Fio de prumo da autoria da helena Sacadura Cabral que tomei conhecimento do fim do programa Câmara Clara.
Acompanhei o programa ao longo da sua existência com a regularidade que o meu tempo permitia. Foi um marco da informação cultural que desapareceu.
Tal como a Helena estou apreensiva com o que está a acontecer à cultura.
Contudo, já se antevia, que uma área que foi "despromovida" para uma secretaria de estado teria um desinvestimento. Sei que a época é de crise mas tal não justifica o que não estão a fazer.
Aliás, ouvindo ontem as afirmações do Dr. António Borges sobre o serviço público de televisão, nas quais considerou que este é feito pelo canal 1 porquanto o canal 2 é para um público residual (não teve coragem de utilizar o termo elite), dessiparam-se quaisquer dúvidas (se porventura as tivesse) sobre o que pensam sobre a cultura os conselheiros do PM.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O Povo não é Tolo

José Gomes Ferreira comentou no Primeiro Jornal as recentes declarações do ministro das Finanças. Vítor Gaspar diz que os jornalistas interpretaram mal as palavras do primeiro-ministro e do presidente do Eurogrupo, sendo que o próprio ministro também disse que Portugal iria beneficiar das mesmas medidas da Grécia. Sobre esta polémica, José Gomes Ferreira começa por dizer que “tudo o que não se deve fazer é tomar as pessoas por tolas”.

A questão é que "esta gente" considera que o Povo é tolo. Um destes dias vão ser surpreendidos.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Sadness

Todos dizem que vivemos demasiadamente bem (alguns, outros não saíram da pobreza) mas a grande depressão económica que nos atinge não pode ser a solução.
Alguns governantes europeus, designadamente os alemães e os portugueses, por convicção, por ignorância, pela caça ao voto, ou outras razões, estão a destruir um estado social pacificador.
Se era preciso diminuir alguns dos custos? Era! Mas o radicalismo nunca augura nada de bom.