segunda-feira, 25 de janeiro de 2010


Bright Star

O final da semana de trabalho ou o inicio do último fim de semana (dependendo da perspectiva) foi excelente!
Assisti ao último filme de Jane Campion, "Bright Star". Adorei! Trata-se de uma obra prima, com 120 minutos, que nos deixa numa quietude contemplativa.
O filme retrata os últimos anos da vida do poeta inglês John Keats (Ben Whishaw) e da sua história de amor com Fanny Brawne (Abbie Cornish), cujo desempenho é magnifico
Bela mas simultaneamente dolorosa é como redunda esta biografia sobre um amor que nunca conseguiu deixar de ser trágico.
O filme tem a poesia de Keats a adornar o argumento, também assinado pela realizadora neo-zelandesa, fotografia belíssima feita a cores límpidas de extraordinário bom gosto, acompanhado pelo guarda-roupa de Fanny, que nos provoca uma vontade imensa de viajar até à época para poder usar tão belas roupas.
É também uma peça de romantismo recordando a Inglaterra do início do século XIX.
A relação entre os dois amados inunda o filme de emoções fortes, transportadas do mais profundo dos sentimentos destas personagens que amaram até a morte.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Resoluções de ano novo


Tenho andado a cogitar sobre as resoluções para o ano de 2010. Pensei em grandes projectos, tendo acabado por concluir que as pequenas decisões são as mais importantes. Assim, decidi que quero continuar optimista, continuar a viajar, ser menos consumista, dizer mais vezes às pessoas o quanto elas são importantes para mim, esquecer o que não interessa (coisas, atitudes e pessoas), ler mais, meditar mais, descansar mais, falar menos, continuar a descobrir...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

SÍSIFO



As palavras do poeta Miguel Torga fazem todo o sentido, no início deste novo ano.
Happy new year!

Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura,
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde com lucidez te recomeças.

Diário, XIII, pág.20, Coimbra, 1977