sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Bruxelas estuda nova fórmula de cálculo do défice
Parece que a no seio da Comissão Europeia decorrem discussões ao nível técnico para modificar a fórmula de cálculo do défice estrutural dos Estados-membros.
Parece que será algo que pode vir a beneficiar os países em dificuldades, como é o caso de Portugal.
Parece que, por agora, se trata de um debate que ainda se encontra numa fase muito preliminar e as eventuais conclusões não tem um prazo previsto para serem implementadas.
Parece que esta cogitação decorre da tendência que tem vindo a ganhar peso na política económica europeia de privilegiar a importância do défice estrutural na avaliação dos esforços de consolidação orçamental de um país (o que quer que isto queira dizer em economês)
Parece que em vez de olhar apenas para os valores do défice orçamental, esta abordagem exclui os efeitos cíclicos daquele valor, avaliando a força da economia depois de excluir, por exemplo, os efeitos de uma recessão (que grande descoberta!) Na situação actual, o défice estrutural português é bastante inferior ao nominal, que se encontra inflacionado por factores como as prestações sociais decorrentes do aumento da taxa de desemprego (não me digam!).
Parece que esta lógica terá estado subjacente na argumentação utilizada por Bruxelas para justificar as recentes flexibilizações da meta do défice nominal português (Bruxelas agora o polícia bom e o FMI, o polícia mau, mas um destes dias trocam).
Parece que esta discussão decorre apenas ao nível técnico (v. pelos magos da economia, pelo que, apesar de confirmar a sua existência, Bruxelas não se compromete nem com uma data para o seu desenlace, nem com o respectivo conteúdo.
É a isto que se chama "estabilidade para o crescimento". cada dia que passa fico mais confiante no futuro, nas instituições que no governam e nessa ciência oculta a que chamam economia.
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