"Comunicação de José Sócrates ao país, na semana passada, foi apenas um "alerta trágico-cómico" da crise na Europa, escreve um cronista do jornal britânico".
"O jornal britânico “Financial Times” acusa o primeiro-ministro português de só querer saber “do seu quintalzinho” e de ter adiado até ao último minuto o anúncio sobre o pedido de ajuda. "O Governo grego comportou-se de forma relativamente correcta, mas a forma como Portugal tem gerido, e continua a gerir, a crise é assustadora”, escreve o cronista Wolfgang Munchau.
Para o autor do texto que foi publicado no "Financial Times", o ponto alto da crise foi o anúncio “trágico-cómico” da semana passada de José Sócrates, que, com o país à beira da extinção financeira, apareceu nas televisões nacionais a elogiar o acordo firmado com a “troika”, por ser melhor do que o grego ou o irlandês.
Este cronista lembra ainda as garantias do primeiro-ministro de que o acordo não iria trazer grande sofrimento, desmentidas dias depois: o plano prevê grandes cortes na despesa, congela salários e pensões, aumenta impostos e prevê dois anos de recessão.
Por isso, Wolfgang Munchau conclui que o problema da Europa é político, não económico. “A razão política pela qual esta crise vai de mal a pior é um problema de actuação colectiva, que continua por resolver. Ambos os lados têm falhado. O deputado avarento e economicamente iletrado do Norte da Europa é tão responsável como o primeiro-ministro do Sul da Europa que só se preocupa com o seu quintalzinho. O Governo grego comportou-se de forma relativamente correcta, mas a forma como Portugal tem gerido, e continua a gerir, a crise é assustadora”, escreve Munchau.
Na sua opinião, a Zona Euro vai confrontar-se, em breve, com uma escolha. Porque, “como os historiadores económicos sabem desde sempre, uma união monetária sem uma união política não é viável”. Daqui
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