Sempre que achamos que conhecemos razoavelmente alguém somos surpreendidos com algo de bom, mas na maioria dos casos com algo de muito mau.
Conhecermos alguém significa, entre outras coisas, que temos expectativas quanto ao seu carácter, valores e princípios.
Essas expectativas surgem e aumentam espontaneamente: a primeira impressão com a criação de uma imagem, as expectativas da correspondência entre a imagem e o comportamento …
Contudo, na maioria dos casos, as pessoas não correspondem à imagem que construímos e surgem as desilusões.
A desilusão é uma coisa triste, olhar para alguém que conhecemos há muito e ver nela coisas pérfidas que antes nunca vimos ou quisemos ver funciona como um soco no estômago inesperado. Será que sempre lá estiveram e nós é que nunca vimos ou quisemos ver? Terá sido um momento de fraqueza em sucumbiu a um capricho de malignidade? Ou será que as imagens que construímos correspondem a uma criação idealizada para preencher um vazio das nossas vidas?
Ultimamente a minha vida tem sido profícua em desilusões. E digo profícua porque, não obstante a dor que nos causa, melhora a nossa performance nesta matéria.
Não vou aqui declarar que a desilusão não voltará a acontecer na minha vida, porquanto isso significaria encerrar-me no meu casulo e deixar de viver e isso, eu não permito, vou talvez procurar pensar mais em mim …

Sem comentários:
Enviar um comentário